No dia 5 de maio tive o prazer de assistir a
um espetáculo musical de uma excelente qualidade artística: Conversas com
Toshiro, do cantor, compositor e instrumentista Rodrigo Campos, acompanhado por
Juçara Marçal, Na Ozzetti, Marcelo Cabral, Thiago França e Curumin, na Sala
Itaú Cultural, SP.
O espetáculo Conversas com Toshiro faz menção ao álbum
mais recente de Rodrigo Campos, que tem como temática o Japão; na verdade, não
diria o Japão apenas, mas o ser humano de uma forma universal. Sim, universal,
já que a arte é universal e não tem e nem pode ter fronteiras para ela. E isso
o artista Rodrigo Campos trabalha com maestria na sua narrativa musical.
A Sala Itaú Cultural estava lotada. Os
artistas, respeitosamente, adentram o palco e com plena dedicação ao público e
à arte começam o Show. O público, no primeiro momento, fica abismado. E foi
possível perceber a emoção no olhar de algumas pessoas: admiradas, sentindo-se
contempladas com o espetáculo.
No palco a harmonia é percebível. Todos os
seis artistas que compõem o espetáculo têm destaque igual. Sim, todos têm um
papel fundamental que não se diferencia um do outro. Fica claro e visível para
a plateia que o objetivo principal é que a arte apareça, seja o verdadeiro
destaque, numa narrativa que se entrelaça por meio das letras de Rodrigo
Campos, transportando o público a um cenário repleto de histórias.
E o público durante todo o Show ficou em êxtase,
no término de cada canção aplaudia o espetáculo. E vamos ser sinceros, são
poucos artistas que têm o privilégio de serem ovacionados pela plateia no final
do espetáculo; ao contrário, Conversas com Toshiro foi aplaudido ao término de
cada canção, como mencionei anteriormente, ou seja, o reconhecimento do público
é a melhor resposta para todo artista que se dedica à arte e, ao meu ponto de
vista, um reconhecimento digno por parte da plateia, pois o Show foi realmente
encantador e emocionante.
E, por outro lado, é viável dizer que Rodrigo
Campos surge na cena musical com maturidade, desde o seu primeiro álbum São Mateus não é um lugar assim tão longe, lançado
em 2009, foi possível perceber que ele tinha e tem muito a oferecer. Com letras
contundentes, com narrativas, que às vezes nos remetem à cronologia de uma São
Paulo que não para, dava-se início com aquele álbum de estreia, um artista que,
com certeza, lançaria em seguida o segundo álbum merecedor, de qualquer pessoa
que preza a arte, de elogios à altura.
E foi o que aconteceu, com o seu segundo álbum
Bahia Fantástica, lançado em 2012, o
artista em si, ou seja, Rodrigo Campos, mostrou claramente que tem
familiaridade com o mundo da música, que tem amor ao que faz; ao procurar sempre
fazer o melhor, pois a sonoridade de sua música é prazerosa aos ouvidos, e suas
letras nos levam a cenários, como se estivéssemos dentro de um filme, sendo
protagonistas; afinal, a vida precisa ser reinventada a cada segundo que
vivemos, e a arte nessa invenção e reinvenção passa a ser a essência da nossa existência,
transformando-nos um pouco mais em seres humanos.
Portanto, apreciadoras e apreciadores da boa
arte, fica a dica para quem ainda não teve a oportunidade de assistir ao espetáculo
Conversas com Toshiro.
Adenildo Lima
Observação: As três fotos foram retiradas da página do facebook do Itaú Cultural
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