A
Revista Cult, nº 188, ano 17, deste mês de março de 2014, entrevista uma das
mulheres mais importantes da nossa contemporaneidade, principalmente pela
sensibilidade humana que ela tem e é, o que tão pouco encontramos no nosso dia
a dia.
O nome dela é Maria Vilani.
Maria
Vilani é mãe, é poeta, é professora, é ativista cultural, é filósofa, é Mulher.
Nessa entrevista conhecemos um pouco desse ser ilustre que habita entre nós. Ela
como poeta, costumo dizer, inclusive falo para ela mesma, que a sua poesia está
no mesmo lugar que se encontram os poemas das grandes poetas como Cecília
Meireles, Adélia Prado e tantas outras mais. E para mim ela é, sem sombra de
dúvida, uma das maiores poetas deste século 21.
A
entrevista concedida por ela para a Cult é pura poesia. Existe nas palavras um
mar denso de essência: “Não existe arte
da periferia, não existe poeta periférico. Existe arte, existe poeta. Só que,
para você pular algumas barreiras e chegar do outro lado do mundo, você precisa
da moeda. Até o ato livre de ir e vir não é tão livre quando você não tem a
moeda para pagar a condução”.
Maria Vilani é uma voz que vai além dos muros,
muitas vezes impostos pelo próprio sistema capitalista que tanto a sociedade
almeja. Ela fala da arte como uma voz universal, e é: “A arte chega no recôndito da alma, onde nenhuma outra expressão pode
chegar”, diz. “Nós precisamos fazer arte para promover o ser humano porque a
arte emerge do ser”.
Maria
Vilani nessa entrevista fala de sua vida de mãe, de sua luta há mais de vinte
anos, na região do Grajaú, na zona sul de São Paulo, à frente de diversos
movimentos artísticos e culturais, fala dos seus três livros publicados, entre
eles, “Varal”, livro de poemas publicado em 2012, pela editora da gente. E fala de um sonho especial: “Eu sonho com o dia em que as pessoas se
acolham mutuamente, independente da classe social, do poder aquisitivo e do
poder intelectual”.
Maria
Vilani é verso e se versifica nos versos de sua poesia: “Eu queria ser simples/ Como as pombas/ Que beliscam migalhas/ Atiradas
ao chão”, do poema “Apenas uma pomba”.
É
uma excelente entrevista, vale a pena conferir!
Adenildo Lima
Adenildo Lima
Varal
Maria Vilani
editora da gente
128 páginas
R$ 30,00
Onde comprar?
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