terça-feira, 24 de outubro de 2023

Antologia Nordestes - Selo Off Flip

Nesta coletânea participo com três textos, em três gêneros literários: conto, poesia e crônica



terça-feira, 29 de novembro de 2022

20ª FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty


O meu romance, Maria, publicado pela Kotter Editorial
 
Com o escritor e editor Daniel Osieck




segunda-feira, 15 de agosto de 2022

OFICINA DE ESCRITA CRIATIVA

 Inscrevam-se: ainda temos vagas...


INSCRIÇÕES OFICINA: Escrita Criativa
Modalidade Online - Oficina Gratuita

Olá, pessoal, tudo bem?

A partir do dia 20 deste mês vou dar uma Oficina de Escrita Criativa - Oficina de Leitura e Produção Literária (Oficina Gratuita), pelo Centro Cultural da Diversidade, SP, que eu fui contemplado por um Edital oferecido pela Prefeitura de São Paulo. Abaixo segue o link para inscrição.




sexta-feira, 15 de julho de 2022

A essência das flores

 O meu próximo livro, A essência das flores, está em pré-venda no site da editora. Confiram: 

Editora Folheando





segunda-feira, 4 de julho de 2022

26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

 Na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, com o meu livro, o romance Maria





terça-feira, 15 de março de 2022

1ª FLIPSP

 Algumas fotos da 1ª FLIPSP que eu participei como palestrante com o tema: As pessoas marginalizadas como protagonistas na literatura.


Também autografei meu romance Maria, e comprei vários livros, dentre eles, Melanina, de Tânia Tomé.

Link para acessar a página do evento:  http://www.flipsp.com.br/programa/index.html







quinta-feira, 10 de março de 2022

FLIP SP - Feira Literária de São Paulo

 FLIPSP - 1ª FEIRA LITERÁRIA DE SÃO PAULO - dias 12 e 13 de março

Vamos?



Link para acessar a programação completa: http://www.flipsp.com.br/programa/index.html

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Revista Grajaú

Matéria sobre o meu livro Maria, na Revista Grajaú, ano 7, nº 21



sábado, 4 de dezembro de 2021

O meu livro Maria, na inauguração do Avesso Podcast

"Avesso Podcast é um programa da Associação Interferência, realizado em parceria com os Estúdios Flow."

Link: https://www.youtube.com/watch?v=yl8-ga04UVM



terça-feira, 9 de novembro de 2021

Podcast na Interativa Rádio Web

"Neste mês de novembro conversaremos com escritores; como abertura, conversamos com o Professor, Poeta e Escritor Adenildo Lima, nordestino, autor que acaba de lançar seu romance"Maria", um livro que nos prende do início ao fim.
Contatos via direct: @adenildolima.oficial

Vale a pena ouvir! "

Link para acessar a entrevista: Entrevista

23ª Festa do Livro da USP

 



Link para acesso: 23ª Festa do Livro da USP

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Resenha Crítica sobre o livro Maria, de Adenildo Lima

 Por Gilvania Lamenha

 Nas tramas da leitura do romance Maria, de Adenildo Lima, é possível perceber a intertextualidade com a obra literária “Vidas Secas”, do consagrado escritor alagoano, Graciliano Ramos.

Há uma forte característica do processo de desumanização ocasionado pelos problemas sociais abordados na narrativa, e com muita riqueza de detalhes: a desertificação do sítio de Maria, pela falta de incentivo à agricultura familiar e a morte da biblioteca ambulante, que era sinônimo de diversão, pois a partir da contação de histórias, a imaginação despertou nas crianças o desejo de realizar os seus sonhos e superar aquela dura realidade.

Observa-se que através da prática da oralidade as sementes germinam e rendem bons frutos (leitura e escrita). No enredo desse romance há fortes características de uma literatura engajada, com a denúncia de injustiça social devido o surgimento do tráfico de drogas e aumento da violência acentuada pelo crime organizado e a impunidade.

A infelicidade do personagem Vicente é desmedida ao se deparar com a violenta morte de um trabalhador rural. Além de ter perdido a pessoa amada, Vicente teve a infância roubada devido à exploração do trabalho infantil, viu o descaso com a saúde pública refletida na falta de médico e assistência hospitalar, experimentou a fome e a miséria que ainda hoje obriga as pessoas a deixarem o lugar onde vivem, em busca de emprego para garantir a sobrevivência e a realização profissional.

            A valorização da natureza também é marcada na referida prosa: O silêncio da noite, o canto do galo, a paisagem rural. O olhar e a meiguice da cachorra Piaba se assemelham a de Baleia, pois é mais sensível que os humanos. A voz de Maria é estridente e aponta para as desigualdades sociais.


No capítulo Ana, quanta tristeza! Ela já estava sem pai, sem mãe, sem irmão, sem voz e nesse momento lembrei "E agora, José?", pois ele também ficou sem discurso. Mas ao visualizar o capítulo seguinte minha vontade foi de perguntar: E agora, Maria? E envolvida pelo enredo e pela linguagem acessível dessa maravilhosa obra literária, percebi na profunda reflexão de Maria que "A vida é o que se vive". Em instantes me deparei com a personagem que, vítima de um acidente de trabalho, já agonizava para morrer, mas em meio aos delírios não abria mão dos seus sonhos: ver o mar em sua imensidão e a filha formada.

            E para a minha alegria descubro que Maria Rita resistiu a todas as dificuldades enfrentadas. Ela é sinônimo de resiliência e representa todas as Marias desse país.      Tenho certeza de que ainda há muitas Ritinhas no Brasil, dispostas a mudar essa história de milhares de crianças vítimas do descaso social e que vivem esperando "dias melhores".

            Agora imagino... Se Maria Rita tivesse permanecido sentada no alpendre de sua casa, contemplando a desertificação do sítio onde morou, certamente não teria resistido aos percalços dessa vida. Mas foi graças a poesia de Drummond que teve suas forças revigoradas e através da leitura ganhou asas.

Já nem sei quantos Josés e quantas Marias há nesse país, que leram Carlos Drummond, Graciliano Ramos e certamente lerão Adenildo Lima. E sem muitas dificuldades gritarão em alta voz "eu preciso ser alguém na vida" e, após atravessar desertos, “eu sobrevivi", pois aprendi a arte de ouvir, falar, gostar de poesia, ler e escrever.

Minibiografia

Gilvania Lamenha Silva Santos, filha de José Lamenha da Rocha e Maria de Lourdes Luna da Silva, nasceu em 31 de janeiro de 1969, no Engenho Canto Escuro, município de Colônia Leopoldina.   Frequentou as turmas multisseriadas em escolas do espaço rural, mas concluiu a 4ª série na Escola Joaquim Luiz da Silva, após a sua vinda para a cidade. Cursou o fundamental II no Colégio Cenecista (até a 7ª série) e concluiu a 8ª série no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Palmares- PE. Voltou ao Colégio Cenecista Padre Francisco para cursar o Magistério (1987). A graduação em Letras (1994) e a Especialização em Língua Portuguesa (2001) na Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul - FAMASUL.

Em 01 de fevereiro de 1987 iniciou as atividades profissionais no quadro do magistério público municipal nas séries iniciais, na Escola Joaquim Luiz da Silva, também teve uma experiência com alfabetização de crianças, pela empresa privada por um período de quase 08 anos, na Escola Manoel Siqueira Campos, Destilaria Porto Alegre. Nas séries finais do ensino fundamental, lecionou na Escola Antônio Lins da Rocha, em Colônia Leopoldina e na Escola Municipal Carlos Regis de Andrade, em Sertãozinho de Baixo, Maraial –PE.  Ainda exerceu a função de professora por um período de aproximadamente três anos, no Curso de magistério do mesmo Colégio onde concluiu o ensino médio.

Por nove anos exerceu a função de coordenadora escolar na Semed - Colônia Leopoldina, foi gestora na Escola Antonio Lins da Rocha e na Escola Aristheu de Andrade. Aposentou-se em 2020, apenas na Rede Municipal. Atualmente integra o quadro de professora efetiva da Seduc/ Alagoas e ministra aulas de Língua Portuguesa no Ensino Médio da Escola Estadual Aristheu de Andrade, em Colônia Leopoldina.

 

sábado, 15 de maio de 2021

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Maria

 Sinopse:

"Maria é uma cortadora de cana. Adenildo, neste livro, traz a voz desta mulher, e dos demais personagens que vivem à margem da sociedade, como protagonistas. A narrativa nos envolve do início ao fim. Maria, enquanto corta cana, sonha em ver pelo menos um dos seus filhos na universidade; sonha, mesmo dentre a pobreza extrema, e acredita que estudar é a única saída para o pobre se livrar de tanto sofrimento. Mas no sítio onde Maria mora não só tem tristeza, também é possível vivenciar contações de histórias em plena noite de luar. Por outro lado, também fica visível a triste realidade brasileira de crianças em plena puberdade trabalhando na roça, no canavial, no carvoeiro. Este é um livro de fôlego, que traz à tona um tema pouco explorado na literatura brasileira, ou seja, o corte de cana na visão de quem vive, isto é, um olhar de dentro para fora, e não ao contrário. Aliás, este livro é tão necessário para a nossa literatura, assim como foi – e é – Vidas Secas de Graciliano Ramos."

Prefaciado por Elisangela Baptista de Godoy Sartin

Mais informações, acesse: Kotter Editorial

sábado, 20 de março de 2021

Maria

Dois parágrafos do prefácio do meu romance, Maria, prestes a ser lançado.

Escrito pela professora Doutora em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), Elisangela Baptista de Godoy Sartin.

"Em cada diálogo com esse narrador, à moda Machadiana, le­vamos um chacoalhão, nos sentimos inertes diante de tanto descaso, nos sentimos impotentes e até mesmo coniventes em não gritar. A leitura de Maria vai além de percebermos o outro, ela nos faz perceber o que temos, o que vivemos e o que somos no mundo, nesse mundo onde quem pode mais chora menos.

Assim que adentramos na história, vivenciamos uma série de emoções e podemos enxergar obras já lidas pelo caminho. Assim como Aluísio Azevedo dá vida ao Cortiço, Adenildo Lima faz com que visualizemos o sítio de Maria, que assis­te a todos, tão vivo e tão repleto de tudo, principalmente de sonhos, tais como aqueles vividos por Manuel Bandeira em Pasárgada. Assim, o sítio de Maria, personificado pelo autor, nos permite caminhar por ele e acompanhar a cada persona­gem como se estivéssemos lá."

Editora: Sendas Edições, um selo da Kotter Editorial  

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O meu conto "O vírus da morte" foi aprovado no concurso cultural da UNIFEBE

O meu conto "O vírus da morte" (inédito), com tema sobre a pandemia, foi aprovado no Concurso Cultural da UNIFEBE - Centro Universitário de Brusque, Santa Catarina, e será lançado em E-BOOK.

"Entre contos enviados por 17 estados brasileiros e até internacionais, os avaliadores selecionaram dez para serem publicados de 10 a 13 de novembro, na edição impressa do jornal O Município. Todos os 54 contos selecionados estarão em um e-book no site da UNIFEBE."


Link com a lista dos nomes dos participantes: https://www.unifebe.edu.br



terça-feira, 3 de novembro de 2020

Contos da Quarentena - Finalistas do Concurso da TV 247

O meu conto "Silêncio de morte", finalista no concurso, está no segundo volume. A publicação é uma parceria da Kotter Editorial com o Brasil 247.

Vendas: https://kotter.com.br/loja/contos-da-quarentena-finalistas-do-concurso-da-tv-247-caixa/




Crédito das Fotos: Roberto de Lima

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Semifinalista no 3º Prêmio Literatura e Fechadura, 2020

O meu livro de poesia "Cão de vidro" (inédito) é SEMIFINALISTA no Prêmio Literatura e Fechadura, 3ª edição, 2020.

Para mais informações acesse:  Lista dos Semifinalistas


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Live - Bate-papo: Literatura e Artes Plásticas

Evento online, acompanhe:

https://www.instagram.com/livrariadagente/

"A Livraria da Gente e a Godê Galeria Online de Arte convidam para um encontro virtual com o escritor e poeta Adenildo Lima e com o curador e diretor artístico Carlos Jiménez. O evento será um bate-papo descontraído sobre Literatura e Artes Plásticas. Nesse encontro on-line, o público poderá interagir com os participantes por meio do chat. Não perca!"


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

MEU POEMA NA REVISTA QUATRO CINCO UM

O meu poema "Silêncio velado" e um breve depoimento sobre a Pandemia saem na revista Quatro cinco um, uma das mais respeitadas do Brasil.

Para fazer a leitura na íntegra acesse o link: Quatro Cinco Um - a revista dos livros  




quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Na linha do tempo

Esses dias, remexendo os velhos papeis que se fazem tão novos quando revividos, encontrei uma carta sua. Me falavas de amor, demonstrado por meio de uma saudade de corpos ausentes, que se faziam presentes e juntos pela lembrança vivida e revivida ali naquelas linhas; inclusive do beijo molhado, ao se deixar fazer-se poesia, harmonia poética do existir que ultrapassa as intempéries do tempo. Ainda bem que o passado só existe para quem não soube amar os pequenos detalhes cotidianos, pois, sim, claro, vivo sempre no presente pós-moderno que sou.

por Adenildo Lima

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Semifinalista no Prêmio Guarulhos de Literatura, 4ª Edição, 2020

O meu livro de poemas 'A presa da cadela' (inédito), foi um dos Semifinalistas no Prêmio Guarulhos de Literatura, 4ª edição, 2020.

sábado, 11 de julho de 2020

Diego Ochs – em cantos de um lugar no tempo


O cantor e compositor Diego Ochs lançou o seu primeiro álbum Tudo por fazer, em 2012 e, agora, em 2020, ou seja, oito anos depois, vem à luz o segundo, titulado Quonde: cantos de um lugar no tempo.

Foto divulgação
Diego Ochs, logo no seu primeiro álbum, apresentou-se com maturidade como cantor e compositor, com letras muito bem trabalhadas, onde, algumas, nos remetem à crítica contundente, construída por meio de metáforas que dão vida, voz, aos personagens vistos pelo olhar do outro à margem da sociedade, isto é, pessoas existentes no nosso dia a dia, mas ignoradas como pessoa humana pela desumanidade do outro.

O álbum Tudo por fazer, ao meu ponto de vista, nasceu clássico. Tem uma sonoridade suave, poética aos ouvidos; aliás, Diego Ochs, quando ouvido pela primeira vez, nos faz parecer que já o conhecemos: no palco, tem uma presença ímpar capaz de contagiar o público e, mesmo para alguém que nunca tenha tido conhecimento do seu trabalho, ao ouvi-lo, fica com a impressão que já o escutou em algum lugar no tempo.

Sim, Diego Ochs é um cantor que tem a facilidade de atingir o que poucos artistas conseguem, o público em suas múltiplas facetas, quer seja do jovem ao adulto, quer seja do popular ao erudito. E é por isso que foi destacado no parágrafo anterior que o seu primeiro álbum já nasceu clássico, pois as oito faixas se conversam entre si por meio da harmonia e das letras num tom que nos leva a pensar, de forma respeitosa, a condição humana do outro, e isso, sem importar a idade ou a instrução intelectual do ouvinte.

São críticas, algumas, com um tom de ironia, como fica visível na música O cara, em parceria com Silvano Ozyrys, “Fosse eu o cara / Seria forte e bonito /Não seria poeta / Seria um atleta ou talvez um erudito”. Ou seja, num país como o Brasil, onde a arte é tão pouco valorizada – e o poeta muito menos – o que importam mesmo são imagens criadas dentro de uma fôrma, conforme exige o mercado; já o Ser Poeta, que importância tem neste mundo fragmentado onde até o amor se dissolve? Porque como descreve a letra da música Inverdade vos digo, “o amor não é a melhor coisa que existe”.

E, infelizmente, temos que concordar que o amor não é a melhor coisa que existe, pois nesses tempos de liquefação tão pouco ou quase nada vale o amor. Mas, por outro lado, é possível encontrar um eu lírico que lamenta, “Não diga que o amor se foi / Porque se o nosso amor se foi / Uma ferida que há tanto dói / Vai se abrir numa chuva de ais.”; aliás, pensamos, um corpo humano sem amor deixa de ser humano e passa a ser apenas um corpo, um fantoche. Sim, claro, sabemos também que a crítica não é ao atleta ou ao erudito, mas sim às múltiplas facetas construídas para serem vendidas no dia a dia como a melhor coisa do mundo.

Aqui, destaco também, a música Farrapos, talvez ela seja a mais forte, musicalmente falando, a letra faz um jogo de ritmos ao mesclar a poesia do existir com a melodia cotidiana das ‘garotas de programa’, que ficam em algum lugar da Avenida Farrapos, localizada na capital de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde Diego Ochs nasceu. A harmonia e o ritmo de Farrapos soam suave aos ouvidos: “Meninas em farrapos / Com seus trapos / Mostram o seu ganha pão”, assim como mescla diversos nomes em um ritmo que nos remete ao próprio existir, “Estela, Isabela, Florisbela, Conceição ou Geni”.

E, em um toque de mestre, o último nome dialoga com um dos personagens mais conhecidos da Música Popular Brasileira, Geni, de Chico Buarque.

Capa do álbum Tudo por fazer

O álbum Tudo por fazer, onde o próprio Diego foi um dos produtores musicais, é possível dizer que seja o alicerce de sua carreira artística; inclusive metaforizado no próprio título, pois no mundo da arte o artista sempre está por fazer alguma coisa a mais, e este é o segredo de se manter existente, vivo, em movimento, neste mundo mágico que é o universo da arte.

Sendo assim, Quonde: cantos de um lugar no tempo é, como toda a obra de arte o é, a continuidade, nesse caso específico, do seu primeiro álbum Tudo por fazer. Quonde foi lançado em junho, nas plataformas digitais, ou seja, foi lançado num momento de pleno caos, onde o mundo vive o vassalo da pandemia do coronavírus, mas, por outro lado, Diego Ochs se apresenta no seu mais recente trabalho falando de amor, de amizade, de esperança, falando do próprio existir, de forma poética, e não como muitos poderiam esperar, um álbum denso.

Quonde não é um álbum denso, assim também como Tudo por fazer não o é, mesmo tendo um teor mais crítico, como já supracitado. Nesse novo trabalho Diego, que reside na cidade de São Paulo já há um bom tempo, apresenta-se, em algumas músicas, como se estivesse convidando-nos para conhecer um pouco da cultura do Rio Grande do Sul. E isso é notado em Camomila, por exemplo, “Eu venho de um lugar tão longe / Onde vigora a medicina popular / Eu venho de uma terra ao longe / Se tá doente usa erva pra curar”.

Aqui, o artista se apresenta para o público, por meio de sua narrativa de vida, como uma forma de dialogar com o passado, em um diálogo que se faz com o presente e com os momentos vindouros. Assim, também, como na música titulada Serra, onde discorre por lembranças de um passado recente: “Vem / Pega o caminho da Serra / E me encontra em Morungava (Vem pela RS-020) / Passando por Taquara e São Chico / Iremos a Gramado ou a Canela (Três Coroas, Nova Petrópolis...)”. E continua com um convite amigável: “Vem / Encontra quem tu és / E sonha / Com os amigos que esperam / Do lado de cá.”

Ou seja, a música Serra, na verdade, é um convite aos ouvintes para adentrarem o mundo particular do artista, existente nesses cantos que se fazem concretos em algum lugar no tempo.

Capa do álbum Quonde

O álbum Quonde, conta com uma produção musical muito bem trabalhada, de Caio Balestra e Nan Marconato, com assessoria e direção vocal de Andressa Lé, em parceria com o LéM7 Studio, na cidade de São Paulo. A voz, os instrumentos, a letra; aliás, a música em sua composição final, está harmônica, tudo em seu devido lugar, pronta para ser levada aos palcos, resultado de um trabalho de produção que levou um pouco mais de dois anos.

E, ao falar em palco, é importante ressaltar que Diego Ochs tem uma afinação, ao vivo, que não se diferencia de uma gravação em Estúdio. Pode tranquilamente se apresentar com voz e violão, que o público, com certeza, sairá em êxtase por ter vivido a epifania do momento musical. Porque todo o momento artístico, quando dialogado com a plateia, faz com que ela se sinta parte integrante do espetáculo; e é. Assim como o trabalho musical de Diego que consegue fazer um elo harmônico com os ouvintes, ou com os presentes, quando apresentado ao vivo.

A música que abre o álbum Quonde, titulada: Sem querer eu quero, fala de um amor que parece discorrer pelas cordas do violão, e percorre um caminho, movido por um sentimento, até o coração, ao fazer despertar num eu lírico que se diz não querer senti-lo, mas que não consegue reprimi-lo e, por isso, acaba se sentindo bem: Eu sei / É assim / Não quero /Mas no entanto / enfim, está aqui..”. Ou seja, Sem querer eu quero é uma canção que dialoga com experiências vividas por todos, pois, quem de nós ainda não viveu um sentimento que, mesmo não o querendo, se sente bem ao tê-lo?

Mas, aqui, antes que eu chegue ao parágrafo final, quero dar um destaque especial para a música denominada Vinte e cinco.

Sim, claro, esclareço que vinte e cinco é apenas uma metáfora usada pelo compositor para poder falar da existência humana, porque, na verdade, “Este rosto magro não é o meu / Esta barba não fui eu quem quis / Estas mãos vazias ninguém me deu / Estes olhos tristes eu nunca vi / Mas sei / Sou eu...”.  E se formos pensar filosoficamente, eu sou o outro. Então, este Eu visível nesta canção é a poesia do existir de cada um de nós repleto de sonhos, empecilhos, vitórias, solidão e batalha na jornada rotineira da vida.

E, ao falar em batalha, é importante enfatizar que a produção musical foi muito feliz na composição harmônica dessa música: o ritmo nos leva a um compasso como se estivéssemos numa guerra, numa luta cotidiana que, aqui, é a luta para manter a sobrevivência, e isso vai de encontro com a letra e a melodia do existir de cada ser humano, que se faz presente nessa canção.

Agora, caminhando para as palavras finais, é possível dizer que o trabalho musical de Diego Ochs tem diversas influências – assim como todo artista tem – mas, aqui, penso que seja importante destacar que a sua maior influência, pelo menos ao meu ponto de vista, é Vitor Ramil, cantor e compositor renomado, também nascido no Rio Grande do Sul. Mas, por outro lado, esclareço que Diego tem estilo próprio, com identidade e característica suas, pois uso a palavra influência apenas como uma forma de referência.

Aliás, fica o convite para o público ouvir ou assistir o trabalho de Diego Ochs e, assim, tirar suas próprias conclusões.

Atualmente, ele está com o show: passado, presente e futuro, onde canta músicas do seu primeiro e do seu segundo álbum, e mescla com músicas inéditas, ou seja, canções que poderão estar num futuro álbum.

Dito isso, desejo sucesso e força na caminhada ao cantor e compositor Diego Ochs.

Avante...

Obervação: Os dois álbuns estão disponíveis nas principais plataformas digitais.

E para ouvi-los no youtube, clique nos linques abaixo:

Primeiro álbum: Tudo por fazer

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Contos da Quarentena – Finalistas do Concurso da TV 247

O meu conto, que ficou entre os finalistas do Concurso "Contos da Quarentena" da TV 247, está neste lindo box.

Mais informações no site da Editora: Kotter Editorial
"Esse livro reúne os melhores contos todos finalistas do grande Concurso de Contos realizados pela TV 247. São contos extraídos de um universo de 1.708 contos escolhidos por um júri coordenado por Sálvio Nienkötter que contou com alguns dos nomes mais proeminentes da literatura nacional, como Luiz Rufatto, Ricardo Aleixo e Marcos Pamplona, que julgaram os finalistas, sendo que a grande seleção dos finalistas foi realizada por Raul K. Souza, Daniel Osiecki e Marcos Pamplona. O nível literário ficou muito acima do esperado, podemos dizer que temos aqui representados grande parte dos mais finos contistas em atividade no Brasil.
A princípio seria publicado apenas um volume da antologia, devido à numerosa e qualidade dos contos, a caixa Contos da Quarentena reúne os volumes I, II e III (cada título em pré-venda separadamente)."

terça-feira, 30 de junho de 2020

A parteira

Trecho do prefácio:

"Esta é uma poesia de vozes e tradições misturadas, que proporcionarão experiências diferentes a cada leitura. Mas imagino que todas passem pela análise da sociedade brasileira por um viés de crítica diante da situação de orfandade em que se encontram milhares de brasileiros. A cada verso, o leitor é chamado a reparar a condição do outro, viver a experiência do outro, e, assim, reavaliar sua visão do mundo e suas atitudes para transformá-lo. (...)

A parteira é um poema de narrativas, de protagonistas que se alternam e se ligam por uma linha tênue, apenas um pequeno veio de água correndo que, no meu entendimento, é a vida. São vidas que estão por um fio, porque as histórias se passam na secura da nossa terra, onde tudo é escasso. Até o amor – um bem que, na caracterização dos personagens, parece nascer com as mulheres e que os homens ainda estão procurando".


Isabel de Andrade Moliterno - Mestra e doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP).


Capa do livro A parteira

Sinopse:

"A parteira, a meu ver, é o grito social mais urgente, depois de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto; e Poema Sujo, de Ferreira Gullar, que li até hoje.


É uma narrativa artisticamente trabalhada! Modestamente eu sei reconhecer o valor de uma obra literária. Este poema é de uma riqueza inigualável! Em todos os aspectos, parece que nasceu do jeito que se lê, não me parece ter um desleixo, um excesso."

Dias Miranda

Escritor e dramaturgo