segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mote de uma existência

Sim, hoje eu acordei para descrever as lágrimas dos olhares das pessoas não vistas pelos seus olhos. Também acordei para falar de amor, o mote de todos os meus textos. Sei que a correria da vida numa cidade como São Paulo é além do exigido pelas nossas pernas. Sim, eu sei que muitas cenas passam despercebidas pelos nossos olhos, que o nosso olhar, muitas vezes, não consegue enxergar uma flor nascendo no asfalto de concreto. E como é difícil!

Difícil mesmo é se emocionar. Emoção é a ação de um sentimento. Numa terra onde os cérebros estão se convertendo em fios e parafusos. O que é sentimento mesmo?! Esquecemos de observar as coisas simples, os simples detalhes da vida, vivido no dia a dia. E são eles que são importantes: uma lágrima no olhar de uma mãe, é amor. E como eu sempre digo "mãe é algo sagrado"; o abraço de um amigo é um gesto de confraternização, mas tenhamos cuidados com todos que se dizem amigos, muitos estão ao seu lado apenas para poder alcançar um passo contrário, e te condenar.

O dia a dia de nossas vidas é construído por milhões de detalhes. E tenhamos cuidados com os detalhes, pois amar é bem mais que elogiar apenas. Um elogio, muitas vezes, vem dentro de um contexto perigoso. Tomamos precauções com os elogios. E nem todos os olhares carinhosos são realmente bons. Lembramos que Monalisa tem a face vista pelos nossos olhos, conforme demanda o nosso cérebro. E aprendamos: um texto nunca diz o que está escrito, lembrem-se sempre do contexto. Um ser humano nunca é o que aparenta ser - é um pouco mais ou um pouco menos.

E você, mulher, tem no corpo a alma de arte mais perfeita já vista pelos meus olhos, articulada pelas pinceladas da mãe-natureza; colabore para que a sua alma transmita essência para ele. Imagine um poema sem poesia!!!

Sim, hoje eu acordei para descrever as lágrimas dos olhares das pessoas não vistas pelos nossos olhos. Também acordei para falar de amor...

adenildo lima


Nenhum comentário: