sexta-feira, 26 de junho de 2015

Flor de jasmim

Observo-te flor do campo com essência
De jasmim. Em mim teu cheiro adentra a alma
E acalma o ensejo da luta na existência
De tê-la um dia na fantasia que clama.

A noite cai. Imagino teu olhar no meu.
A tarde entardece. Sinto sua ausência.
Sonhando recrio o que não nasceu,
Mas floresceu o amor como a adolescência.

E o amor é sempre criança que sonha
Nos braços da pessoa amada, desejada;
Que quer carinho. Ah, o amor é como fronha:

Abraça e envolve o ser e a vida sonhada.
Ah! quero a simplicidade dos lírios
E a essência das flores na caminhada.

Adenildo Lima

Zygmunt Bauman - Fronteiras do Pensamento



Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A

sábado, 20 de junho de 2015

MATÉRIA NO JORNAL A COMARCA

Compartilhando a matéria que concedi ao jornal "A Comarca", da cidade de Monte Azul Paulista e região, São Paulo, no dia 14 de junho de 2015, na coluna "Sobre Leitura e Literatura".

"Costumo dizer que as histórias fazem o ser humano e o ser humano se faz presente no mundo como história, já que ele, o ser humano, é o único ser vivo capaz de contar e inventar histórias."


Exposição "As Faces das Mulheres", no Reserva Cultural, SP

Algumas fotos da exposição: As Faces das Mulheres, do artista plástico João Paulo de Melo, que foi exposta no início deste ano, 2015, no Reserva Cultural, na Av. Paulista, 900, São Paulo.

A exposição foi composta pelas obras que ilustram os livros 'A parteira', de minha autoria, e 'Varal', de Maria Vilani.





"A exposição é parte das ilustrações dos livros 'A parteira', de Adenildo Lima, e 'Varal', de Maria Vilani, pintadas em pigmento ou grafite sobre papel canson, do artista plástico João Paulo de Melo.
Em ambos os livros os autores se debruçam sobre a face da existência, retratando a juventude, a velhice, o amor, o tempo, a vida e a morte; ao mesmo tempo em que entrelaçam as multifacetadas tradições que surgem no anseio de um povo que clama por sonhos, amor e se expressam por meio da dor. Em seus versos mostram a imagem de uma sociedade que parece ter urgência para viver".

Para mais informações para saber como foi a exposição e ter acesso a mais fotos, acessem:

Site do Reserva Cultural


Site da Editora da Gente


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Nuvens neblinadas

Há um silêncio no ar nos gritos dos olhares caminhantes. Há uma interrogação no ar nas nuvens neblinadas de questionamentos soltos no vão... da existência. O olhar da menina implora uma flor. O sorriso do rapaz abraça a solidão. E milhares de pessoas saem para se olharem nas faces, já que vivemos em tempos remotos, em tempos de amizades virtuais, em tempos de poucos abraços.

E tudo caminha adiante, parece. Os gritos sem harmonia surgem no infinito do corredor, que pode ser perigoso para um futuro prestes, presente. É necessário e importante que o respaldo concretizado nos objetivos sejam concretos. A menina caminha rua adiante e diante dos seus olhos: uma máquina enorme! Alguns deram-lhe o nome de Máquina da Pós-modernidade.

Quando as perguntas se confundem com as respostas e as respostas se desentendem com as perguntas: o que fazer? O sorriso do rapaz parece ser contemplado com uma lágrima. O mendigo continua no mesmo lugar, isto é, se não foi pisoteado. A mãe também continua contemplando o sonho sonhado nos braços de um lar, já que poucos podem ser considerados lares.

Deselegante abraçar as flores sem apreciar os espinhos. É ruim gostar das flores sem espinhos. A semente precisa ser cuidada com carinho e com responsabilidade. Não sejamos hipócritas, pois não cultivar o crescimento das árvores é ignorar que a sua sombra pode nos acolher. Em algum lugar do mundo os soldados marcham conforme determinam seus superiores. Não sejamos máquinas!

E as máquinas podem manipular as imagens, e as flores podem perder a essência. Sejamos cautelosos, pois vivemos em tempos e momentos de festas, em momentos de uivos e de milhões de perguntas. Importante não são os questionamentos, importante mesmo é saber alcançar as respostas.  Porque procurar entender as metáforas é esquecer que vivê-la é mais poético.

Do poema o que ainda me resta é que enquanto milhões não se olham mais na face, a poesia desperta em mim a sensibilidade humana em algum olhar perdido no vão da existência...
Adenildo Lima

P.S.: Este texto foi publicado aqui neste blog pela primeira vez no dia 20 de junho de 2013.