quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia dos professores e professoras

São Paulo, 15 de outubro de 2014.

Prezadas e prezados professores e professoras,

expresso aqui nesta carta o respeito e a admiração que tenho por cada um de vocês. Sei que para ser professor precisa ser forte, aliás, precisa muito mais: precisa acreditar, precisa ter amor pela própria vida, muito além dos obstáculos encontrados no decorrer do ofício da função.

Ser professor é, em algumas situações, plantar flores no concreto e colher essência, que chamo de conhecimento. Quando se ensina, aprende-se, e quando se aprende é importante que se compartilhe. O conhecimento existe para ser compartilhado sempre e sempre. O saber sem ser transmitido é tão importante quanto uma pedra que não se move.

Não considero conhecimento aquilo que é guardado para si.

Lembro da primeira professora que eu tive. Eu era apenas uma criança. Lembro também que eu andava por média de uma hora e meia para ir e uma hora e meia para voltar, lá no interior do estado de Alagoas. Subia ladeira e descia ladeira, quer fosse debaixo de chuva ou de sol. Mas, por outro lado, quando eu chegava lá Maria de Lourdes, a professora, estava nos esperando, e tantas vezes ela pegou em minha mão para me ensinar a escrever, e com todo o carinho.

Talvez seja por isso que até hoje eu acredito seriamente que o estudo é um dos melhores caminhos que pode nos levar ao sabor da existência.

Com o meu pai aprendi o sabor das palavras. E com a minha mãe saboreei a poesia nas múltiplas faces das palavras adentrando os meus ouvidos quando criança.

Importante não é simplesmente colher o fruto. Nunca esqueçam que se não plantarmos a semente, nem esperança é possível ter para colher os frutos um dia.

Fica aqui o meu mais sincero respeito por todas e por todos professores e professoras.

Adenildo Lima

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