quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A primeira vez

Rasguem as roupas, disse-me Vinícius. Gosto de você nua, sem panos sobre a pele, sem cor, assim como a bruma; uma metáfora. E ele me olhava dentro dos olhos, naquele quarto, cujo lugar só existia uma luz, clareando nossas faces. Meu corpo tremia, era a minha primeira vez, mas suas mãos suaves eram puro aconchego e, ali, o sexo passava a ser um pequeno detalhe, o que importava mesmo era o amor transbordado por nós. E o meu corpo, aos poucos, era despido pelo acariciar dos seus dedos com o toque suave de sua língua em minha pele.

Sim, tudo parecia um sonho, uma metáfora que não pode ser explicada mas sentida, vivida em cada tom poético, aliás, o o momento do sexo é pura poesia, pensava eu. Natali... Chamava o meu nome, com uma voz suave dentro dos meus ouvidos, fazendo-me arrepiar toda: era a minha primeira vez. E tudo na primeira vez é uma novidade a ser descoberta. Assim como o ato sexual será sempre a primeira vez...

adenildo lima

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